Radiofrequência no tratamento de melasma: evidências clínicas

Radiofrequência no tratamento de melasma: evidências clínicas

Por que os resultados do tratamento de melasma são tão difíceis de manter, mesmo após protocolos bem executados? Se o manejo tópico atua sobre a superfície, o que fazer quando a recorrência vem da derme?

Essa reflexão tem conduzido uma mudança na condução terapêutica de muitos profissionais. A radiofrequência microagulhada, antes restrita a indicações estéticas, vem ganhando espaço como recurso complementar no controle das lesões pigmentadas.

Com base nas evidências mais recentes, este conteúdo traz uma análise prática sobre o uso da radiofrequência no tratamento de melasma e os caminhos para alcançar maior estabilidade nos resultados clínicos.

Como a radiofrequência atua no tratamento do melasma?

A radiofrequência microagulhada tem como alvo terapêutico a derme, onde se concentram alterações estruturais que contribuem para a manutenção do melasma. 

A entrega de energia térmica através de microagulhas provoca lesões controladas em profundidade, estimulando a regeneração tecidual sem causar danos à epiderme.

Essa resposta reparadora impacta diretamente componentes biológicos associados à recorrência do quadro. Entre eles estão alterações frequentemente observadas em peles afetadas por lesões pigmentadas:

  • Reorganização da matriz extracelular;
  • Redução de fibroblastos senescentes;
  • Modulação da vascularização.

Ao reestruturar esse microambiente dérmico, a radiofrequência contribui para restaurar a função da membrana basal e reduzir estímulos persistentes aos melanócitos. Com isso, torna-se uma aliada no tratamento de melasma, ampliando o potencial de estabilidade clínica a longo prazo.

Evidência clínica: estudo sobre o uso de RF no tratamento de melasma

Um estudo clínico publicado na Scientific Reports em 2024 avaliou o papel da radiofrequência microagulhada como estratégia de manutenção no tratamento de melasma. O desenho do estudo incluiu:

  • 15 mulheres com melasma facial, tipos de pele Fitzpatrick III e IV;
  • Tratamento inicial com ácido tranexâmico oral (250 mg, 2x/dia) e creme de combinação tripla, por 2 meses;
  • Aplicação de radiofrequência microagulhada em metade do rosto, uma vez por mês, durante os 6 meses seguintes;
  • Avaliação mensal da pele por cromômetro (valor L*) e índice mMASI, com acompanhamento total de 8 meses.

Os resultados apontaram que o lado tratado com radiofrequência manteve o clareamento ao longo do tempo. Em contrapartida, a metade do rosto que não recebeu a radiofrequência apresentou recidiva em 63,6% das pacientes após a suspensão do tratamento tópico.

A diferença no valor ΔL* entre os dois lados se manteve estável, acima de 2,7, durante todo o acompanhamento. 

Em relação à segurança, o estudo não registrou efeitos adversos graves. Os eventos relatados foram leves e autolimitados, como eritema e discreto desconforto local, resolvidos em menos de 30 minutos após a aplicação.

Vantagens clínicas do uso da Radiofrequência

Entre as estratégias complementares no tratamento de melasma, a radiofrequência microagulhada se destaca pela precisão e profundidade de atuação. Veja os principais benefícios clínicos associados à técnica:

  • Trata estruturas dérmicas sem comprometer a epiderme;
  • Modula a matriz extracelular, vascularização e membrana basal, ampliando o alcance terapêutico;
  • Apresenta baixo risco de hiperpigmentação pós-inflamatória;
  • É segura para fototipos altos, como peles morenas e negras;
  • Permite associação com terapias tópicas e sistêmicas;
  • Favorece a manutenção dos resultados após o clareamento inicial.

Quando indicar RF para melasma?

A aplicação da radiofrequência microagulhada tem se mostrado eficaz em protocolos que visam a estabilidade dos resultados no tratamento de melasma. A indicação deve ser criteriosa e considerar a natureza inflamatória e recidivante da condição. 

Entre os contextos clínicos mais indicados, destacam-se:

  • Pós-tratamento tópico intensivo: a RF pode ser introduzida ao final do ciclo de agentes clareadores orais e tópicos, contribuindo para prolongar o efeito alcançado e retardar a recidiva.
  • Quadros com recorrência frequente: pacientes que apresentam repigmentação logo após a suspensão do protocolo inicial podem se beneficiar do efeito sustentado da RF sobre estruturas dérmicas envolvidas no estímulo aos melanócitos.
  • Melasma de padrão resistente ou dérmico: quando a resposta aos tratamentos convencionais é parcial ou instável, a atuação da radiofrequência sobre matriz extracelular e vascularização pode ampliar o controle clínico.
  • Associação com outras tecnologias: pode ser combinada com laser Nd:YAG, peelings leves ou drug delivery, potencializando resultados em diferentes planos da pele com segurança e sinergia terapêutica.

Embora o estudo clínico utilizado como base não tenha sido realizado com o dispositivo SylfirmX, é importante ressaltar que ele oferece a tecnologia de radiofrequência microagulhada pulsada, com controle preciso de profundidade e energia. 

Uma característica relevante para aplicações em peles com histórico de hiperpigmentação, ampliando a versatilidade do tratamento.

Além de reunir os critérios técnicos exigidos para esse perfil de paciente, o SylfirmX combina precisão de entrega com uma experiência mais confortável para o paciente e uma recuperação rápida, sem comprometer a rotina. 

Essa soma de atributos amplia sua aplicabilidade em diferentes fases do tratamento de melasma, sobretudo quando a proposta é manter o clareamento sem aumentar o risco de efeitos rebote.

SylfirmX e o cuidado do melasma

Para profissionais que buscam recursos eficazes e tecnicamente avançados no controle do melasma, o SylfirmX representa uma evolução no uso da radiofrequência microagulhada.

A plataforma combina tecnologia de ponta com segurança e precisão, oferecendo dois modos distintos de entrega de energia:

  • Onda contínua: voltada para o estímulo global da pele, como no rejuvenescimento e melhora da textura;
  • Onda pulsada: ideal para condições inflamatórias e pigmentares, como o melasma, pois reduz o impacto térmico superficial e concentra a ação terapêutica na derme.

Essa versatilidade amplia as possibilidades terapêuticas, permitindo um controle mais preciso das estruturas envolvidas na persistência das lesões pigmentadas da pele. Outros diferenciais do SylfirmX incluem:

  • Microagulhas revestidas em ouro, que garantem maior conforto e segurança durante o procedimento;
  • Compatibilidade com protocolos de drug delivery e tecnologias combinadas;
  • Rápida recuperação e retorno às atividades diárias;
  • Segurança validada por aprovação do FDA e mais de 25 estudos clínicos publicados.

No tratamento de melasma no rosto, o SylfirmX atua além da superfície, reorganizando o ambiente dérmico com mínimo risco de hiperpigmentação pós-inflamatória.

Quer incorporar o SylfirmX na sua prática clínica? Entre em contato com nosso time e descubra como levar essa solução de ponta para seus pacientes.